FERNANDÓPOLIS F.C. À BEIRA DO ABISMO: INCERTEZAS, DIVISÕES E CLIMA DE CAOS MARCAM O FUTURO DO CLUBE
Alegações de irregularidades no processo eleitoral e interferências políticas reforçam a crise que ameaça a existência da tradicional agremiação da Cidade de Fernandópolis-SP

O Fernandópolis Futebol Clube (FFC), um dos símbolos esportivos do interior de São Paulo, enfrenta talvez o maior desafio de sua história. Às vésperas da eleição para a nova diretoria, marcada para o próximo dia 8 de maio de 2025, o clube mergulha em um cenário de profundas incertezas, conflitos internos e denúncias de falta de transparência.
Fontes ligadas aos bastidores do clube apontam uma série de alegações envolvendo a condução do processo eleitoral. Dentre as principais preocupações, destacam-se a ausência de assinaturas no chamamento da assembleia, a falta de clareza sobre a composição da junta eleitoral e dúvidas em relação a quem tem direito ao voto. Além disso, o curto intervalo entre a convocação e a data da eleição apenas duas semanas gera questionamentos sobre a possibilidade de organização efetiva de chapas e apresentação de propostas.
Há ainda relatos de que troféus históricos do clube teriam desaparecido, aumentando a sensação de descaso e desorganização em meio à crise. Nos bastidores, discute-se também a possível influência política no processo, o que agravaria ainda mais o cenário de instabilidade vivido pelo FFC.
Apesar de levar o nome da cidade de Fernandópolis-SP, o clube é uma entidade privada, sem fins lucrativos, e não possui qualquer vínculo administrativo direto com a prefeitura. Nem mesmo o estádio onde historicamente manda seus jogos o Cláudio Rodante pertence ao clube, sendo propriedade do município.
O temor entre parte da torcida e de observadores é que o FFC esteja próximo do colapso definitivo, caso não haja uma intervenção externa que imponha regras claras, respeito ao estatuto e modernização na sua gestão. Especialistas no meio esportivo defendem que uma intervenção judicial poderia ser o único caminho para salvar a instituição, corrigir falhas históricas no estatuto e garantir que o clube tenha uma administração transparente e profissionalizada, livre de interesses políticos.
Desde seu auge nos anos 1990, o Fernandópolis F.C. tem vivido gestões frágeis, marcadas por divisões internas e falta de planejamento estratégico. Agora, diante da nova crise, a pergunta que ecoa entre torcedores e críticos é: o FFC será capaz de reerguer suas asas e voltar a voar, ou sucumbirá de vez às disputas que o arrastam para o abismo?
O destino da Águia de Fernandópolis-SP parece estar nas mãos daqueles que, mais do que disputar o poder, deveriam preservar a história e reconstruir o futuro do clube.
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