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Brasilia,14/10/2024

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Que Eleição é Essa, Minha Gente?

Candidatos com menos votos assumem cadeiras, enquanto outros, mais votados, ficam de fora: o sistema eleitoral proporcional em xeque.

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Que Eleição é Essa, Minha Gente?
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Qual o sentido de o voto ser obrigatório quando uma candidata a vereadora do União Brasil, com apenas 2 votos, consegue ser suplente do partido, garantindo uma cadeira de suplente na Câmara de Vereadores de Fernandópolis-SP? Enquanto isso, o atual vereador Everaldo Cabeleireiro (PRD), que obteve 569 votos, não foi reeleito, apesar de ter aumentado sua votação em 54 votos em relação a 2020, quando teve 515 votos, demonstrando um crescimento de seu eleitorado.


Em contrapartida, dois vereadores eleitos tiveram quedas significativas em seus votos. Julinho Barbeiro (PP) obteve 544 votos em 2024, contra 833 em 2020, uma perda de 289 votos. Já Jeferson da Fef (União Brasil) registrou 523 votos em 2024, contra 721 em 2020, perdendo 198 votos de um pleito para o outro. Ainda assim, ambos conseguiram se eleger, ocupando as últimas cadeiras disponíveis: Julinho em 12º lugar e Jeferson em 13º, das 13 vagas no legislativo de Fernandópolis.


O caso de Everaldo Cabeleireiro é ainda mais intrigante, pois, apesar de ter mais votos que seus dois colegas reeleitos, não conseguiu uma cadeira, nem mesmo a suplência. Jeferson da Fef, que teve menos votos, ainda conta com uma suplente de seu partido, Denize Ferreira, que pasmem, teve apenas 2 votos e está na lista de suplência. Como pode Everaldo, o 11º mais votado, ficar de fora, enquanto candidatos com menos votos ocupam cadeiras?


Esse cenário evidencia o quão falha e arcaica é a forma de distribuição das cadeiras para nossos representantes. O sistema de voto proporcional não representa de fato a vontade popular. Uma das soluções seria o voto distrital, que, além de aproximar o representante do eleitor de sua região, permitiria uma fiscalização mais eficiente do trabalho do eleito. Já o voto proporcional, ao contrário, permite aberrações como a eleição de candidatos com menos votos em detrimento daqueles com mais apoio popular.


O coeficiente eleitoral partidário, que determina quantas cadeiras um partido "faz", precisa ser revisto. Afinal, a votação deveria ser no candidato, e não no partido. O sistema eleitoral precisa ser modernizado urgentemente. Outra solução possível seria permitir candidaturas independentes, sem a necessidade de filiação a partidos. Afinal, não é a voz do povo que deveria ser ouvida? 


Se o eleitor vê que seu voto não é representado, a motivação para participar do processo diminui. As distorções do voto proporcional precisam acabar, e a suplência deve ser garantida para os mais votados, e não para os partidos. O mais votado é quem realmente representa a vontade popular, ou pelo menos deveria ser assim. A crescente desmotivação para votar é um reflexo de que a verdadeira representação popular está sendo ignorada.

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